sábado, 27 de outubro de 2007

Desculpe-me tempo.

O tempo não passou aqui.
Enquanto correu, pulou, dançou,
choveu, chorou, sorriu um ano para mim,
o tempo não passou aqui.

Vivi uma eternidade em outro mundo
e descobri que o tempo está igualzinho,
não mudou nada,
continua o mesmo de quando briguei com ele.

É o mesmo dos tempos de criança.
O mesmo que trazia a expectativa,
a esperança,
a ansiedade.

E se naqueles anos em que ficamos brigados,
ano novo e natal vinham tão depressa
que até esquecia do doze de outubro,
a culpa era minha.

Desculpe-me tempo.
Quem mudou fui eu.
Quem não teve tempo para você
fui eu.

Obrigado
por mesmo assim
ter ficado do meu lado
todo esse tempo.

Um comentário:

Ana flor... disse...

"Tempo, velho senhor da razão..." Muitas vezes precisamos que ele passe mais rápido e em outros momentos choramos por tê-lo perdido... As vezes, somos seu escravo. Outras vezes, ele é o nosso maior aliado, principalmente quando voce deseja descobrir uma verdade. Há relações que só o tempo fortalece. E há outras, que só o tempo destrói. O tempo é uma forma que a vida escolheu de nos ensinar o que precisamos aprender...