quarta-feira, 14 de maio de 2008

Opção pela razão

Opção pela razão.
Possível ver diferença em tudo é, sentido quase sempre trairá.
Dolorido mais será quando não ouvi-lo, tormento e sofrimento.
Enxergo a contradição, entendo equivocada decisão
Mas não sei sair dela, prefiro seguir assim
Sofrendo muito quando o sentido parecer irracional
Sofrendo menos quando errar seguindo-o

A noite sabe o quanto precisa dela e nunca virá pela manhã
A seca entende não ter culpa e sempre existirá quando propício
A pedra sabe ser dura e que a água se amolda a qualquer situação
Tem pessoas de pedra, tem pessoas d’água.
Não, errado, todos têm água e pedra em si.

Vastos verdes flertes fortes vidros doces d’aguas frescas
Céu sem gosto torço fosco espelho negro de flores murchas
Teto ermo trato mau trato chuva grossa resvalou
Terra magra sol sem casca todos sujos ossos fracos

Paz sem olhos pá de espinhos doce azul doce veneno
Tudo e tudo não diz nada cala-se imundo como tudo aqui
Chego cedo vou-me tarde entro ajoelhado saiu de barriga
Quem não prende foge quem simula trai quem não vê não vê

Vai vai sem medo não quero ser o que tu és
Entende errado entende mesmo só me deixe em silêncio
Silêncio é tudo e vazio, solidão não é tudo, é confuso saber
Quando foi que descobri isso, que ninguém é santo
Nem você

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